quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Pôr do sol na praia do Jacaré - João Pessoa





         É uma missão quase impossível para um sulense escolher as maravilhas do nordeste que merecem destaque, são tantas, começando pela cultura e tradições nordestinas que se agiganta por suas raízes e orgulho do povo de ser nordestino. As gírias e sotaques deste povo é quase uma segunda língua. A literatura brasileira é riquíssima graças aos seus vários escritores e poetas que o nordeste emprestou, dariam várias páginas relembrando cada um deles, é como se cada nordestino nascesse artista, são criativos, inteligentes e alegres, sabem fazer bom uso do sorriso, e sabem muito bem mostrar os dentes para vida de forma feliz. Que nós sulenses da gema descendentes europeus aprendamos com eles o que é experimentar o gosto doce da vida, sabemos muitas vezes extrair muito bem somente o azedo e nada mais.
            Falar do nordeste e não mencionar do seu maior e magnifico herói e de sua história é um erro, quase uma gafe, estou falando de Virgulino Ferreira da Silva mais conhecido como lampião e sua amada Maria Bonita, heróis genuinamente brasileiros. Porém tem algo que conheci na minha visita a João Pessoa que merece destaque, é o famoso pôr do sol da praia do Jacaré, diariamente, no momento que o sol começa a se pôr, o saxofonista Jurandy entra em sua canoa e toca o Bolero de Ravel até anoitecer. Vale cada segundo assistindo o sol se pôr por traz do horizonte vegetativo ao longe, é um momento dos mais deslumbrantes e poéticos que a natureza oferece. O colorido das nuvens tentando encobrir o astro-rei que se recolhe; o vermelho-púrpura dominando o horizonte, refletindo os últimos raios nas plácidas águas do rio quase mar. Não há como não se render a este momento romântico, se acompanhado de alguém para amar, prepare-se, é possível inspirar juras de amor e pedidos de casamentos.