quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cresço e me acresço


O fruto que amadurece em mim
é fruto onde cresço e me acresço
No gosto amargo do tempo que nivela
convertido em semente pra amar
Sem resquícios da imperfeição
aperfeiçoado na palavra coração

Mesmo que os ventos soprem
contra a maré
Mesmo que a surpresa me assalte
aflora o sonho no peito

Este andar por entre bastidores do tempo
fazem-me crescer de vivência em vivência ,
no mero esboço do cotidiano
livre dos calabouços da fragilidade

Sempre e de repente
quero não mais que de repente
a ambigüidade revelada
por entre os dedos do destino
Quero a vida sorrir em traços fraternos
dentro do fruto que amadurece em mim

Faço a busca na razão
com bugigangas da emoção
Construo uma flor
com meus poucos recursos
ao olhar encantos escritos
nos vendavais momentos
prescritos nas lembranças silenciosas